quinta-feira, 27 de agosto de 2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A propósito do post do dia 16 de agosto:

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Enquanto uns esperavam com latas de cerveja na mão, uns sentados, outros de pé; enquanto um casal de velhos chegava com placas e faixas; enquanto repórteres esperavam alguma movimentação; enquanto outros conversavam timidamente; enquanto acontecia isso o resto do país dormia.

Um movimento que começou na preguiça da sala de casa, na internet, é a cara do Brasil. De um povo que sempre esperou tudo do Estado, teve desde os tempos coloniais o paternalismo estatal e que nunca precisou lutar por direitos. Um povo que suja as ruas, as praias. Que não se interessa por política. Que não tem a menor idéia do que é ser cidadão. De um povo que quando viu seus serviços de saúde, educação e segurança solapados, correram para o socorro da iniciativa privada ao invés de batalhar contra a decadência desses serviços.

Se não aparecem nem em reunião do condomínio, onde são tratados assuntos diretos do próprio cotidiano, o que esperar de uma campanha num sábado à tarde contra a corrupção em Brasília?

Em Florianópolis, menos de vinte pessoas estiveram na passeata FORA SARNEY de ontem, 15/08. Em São Paulo com 16 milhões de habitantes, não chegaram a seiscentos manifestantes. No Rio em torno de 200 aproveitaram para pegar um sol caminhando pela calçadão de Copacabana.

Os jornais até tentaram fazer uma cobertura esperando que o evento fosse significativo.

Mas as fotos comprovam que não passaram de vinte pessoas.

Que nunca mais se ouça um pio, pois Sarney é o que merecemos.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O restante do copo (a metade), tomou de um gole só. Era pinga. Pura. Gostava do cheiro dela, da arranhada na garganta, do calor que chegava no meio do peito e se alastrava pra todas extremidades do corpo. Pensava em uísque, mas tomava pinga. Porque o uísque não tinha o cheiro da pinga.
Com o copo na mão achava que seria mais poético se dentro houvesse uísque - mas e daí? - afinal não estava em Las Vegas numa roda de jogo, nem em Londres cansado de trabalhar. Estava ali, numa cidadezinha qualquer no interior do interior do Brasil. E não se cansava de não trabalhar.
No bar não tinha ninguém, fora o dono. Este, apoidado em um engradado de refrigerantes prestava atenção no radinho rouco com pedaços de fitas coloridas amarradas na antena. Olhava como se fosse tv e ali pudesse enxergar o apresentador: " Agora a mais tocada da semana..."
Então o que tomara a pinga de um só gole caminhou até a porta que já fora um dia vermelha. Pôs um pé e a cabeça para fora como se espiasse algo. Recuou um pouco e ficou olhando os carros que passavam. Tinha até carroça, porque a cidade era do interior do interior, o que significa pequena. As pessoas que passavam, como sempre sói fazer, tinham pena dele. Os misericordiosos: "Enchendo os cornos já a essa hora." "Como pode, não deve ter família." "Vagabundo."
Ele sentia o mesmo. Por elas. "Que vidinha." "Já até trabalharam? Acabei de acordar."
Lembrou dos grandes bêbados da história: Nero, Churchill, Hemingway, Garrincha, Baco. Lembrou até do Baco que não existira, mas que dá nome às coisas. Pensou que talvez, um dia, ainda fosse um desses grandes da história. Mas não ali, naquela cidadezinha pequena com pessoas pequenas que tinham misericórdia, no interior do interior do Brasil.
Chegou até o balcão e pediu outro copo. Enquanto o dono servia, ele declarou: "Ainda me mudo dessa cidade."

terça-feira, 4 de agosto de 2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009