domingo, 16 de agosto de 2009

Enquanto uns esperavam com latas de cerveja na mão, uns sentados, outros de pé; enquanto um casal de velhos chegava com placas e faixas; enquanto repórteres esperavam alguma movimentação; enquanto outros conversavam timidamente; enquanto acontecia isso o resto do país dormia.

Um movimento que começou na preguiça da sala de casa, na internet, é a cara do Brasil. De um povo que sempre esperou tudo do Estado, teve desde os tempos coloniais o paternalismo estatal e que nunca precisou lutar por direitos. Um povo que suja as ruas, as praias. Que não se interessa por política. Que não tem a menor idéia do que é ser cidadão. De um povo que quando viu seus serviços de saúde, educação e segurança solapados, correram para o socorro da iniciativa privada ao invés de batalhar contra a decadência desses serviços.

Se não aparecem nem em reunião do condomínio, onde são tratados assuntos diretos do próprio cotidiano, o que esperar de uma campanha num sábado à tarde contra a corrupção em Brasília?

Em Florianópolis, menos de vinte pessoas estiveram na passeata FORA SARNEY de ontem, 15/08. Em São Paulo com 16 milhões de habitantes, não chegaram a seiscentos manifestantes. No Rio em torno de 200 aproveitaram para pegar um sol caminhando pela calçadão de Copacabana.

Os jornais até tentaram fazer uma cobertura esperando que o evento fosse significativo.

Mas as fotos comprovam que não passaram de vinte pessoas.

Que nunca mais se ouça um pio, pois Sarney é o que merecemos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário